O que fizemos na nossa viagem para Buenos Aires

Curiosidades
shutterstock_129563795

Assim que desembarcamos na Estação Retiro, em Buenos Aires, não tínhamos muita noção do que deveríamos fazer.

Uma rodoviária muito grande, cheia de pessoas indo para todos os lados, e chegando de todos os lados da Argentina e da América do Sul.

Na hora de pegar as bagagens no ônibus havia um funcionário da empresa fazendo o serviço de retirar as malas do bagageiro, mas o que eu não sabia era que ele cobrava “propina” para isso (propina por aqui, nada mais é do que a famosa gorjeta). Ele estava com a mão cheia de dinheiro trocado de uma forma que fosse possível que todos vissem, assim você se sentiria na “obrigação” de lhe dar um trocado também.

Pois bem, com as malas em mãos, entramos em uma fila para checagem de todas as bagagens (detalhe que isso foi acontecer somente dentro da Argentina. Não houve fiscalização em nenhum momento da viagem. Nem no ônibus, nem na alfândega (foto abaixo), nem em lugar nenhum).

Alfândega da fronteira entre Brasil e Argentina
Alfândega da fronteira entre Brasil e Argentina

Passamos por um detector de metais, as malas pelo raio-x e então seguimos em busca de um transporte para nos levar até o hostel que ficamos hospedados.

Depois de caminhar por um tempo naquele formigueiro, encontramos uma saída para pegar um táxi. O táxi por aqui é um meio de transporte bem barato, porém, um pouco precário. Os carros são, na maioria das vezes, velhos e mal cuidados.

Assim que paramos o táxi na frente da Estação Retiro, dois homens se aproximaram para nos “ajudar” a colocar as malas no carro (pensamos: nossa como são bonzinhos). Grande engano! Ao sentarmos no táxi, um deles já esticou a mãozona para pedir a famosa “propina“.

Bom, propina paga, malas no carro, vamos ao hostel.

O taxista era um senhor e ficou na maior parte do tempo calado, perguntou apenas para onde iríamos e só.

O trajeto de 3,5 km, durou no máximo 15 minutos e teve um custo aproximado de AR$ 50,00, na conversão, deu algo em torno de R$ 14,00.

Trajeto do táxi
Trajeto do táxi

O lugar que ficamos hospedados em nossa viagem para Buenos Aires, foi o Che Lagarto. Um hostel bem conhecido e que tem diversas franquias pela América do Sul, inclusive no Brasil. Mas a experiência nele, não atendeu as nossas expectativas.

Se você estiver indo para Buenos Aires, você pode encontrar Hotéis e Hostels para se hospedar clicando aqui.

A começar pela confusão que fizeram com nossa reserva. Havíamos reservado um quarto compartilhado, pois já queríamos viver essa experiência diferente, mas por conta desse erro, nos deram um quarto privado para o primeiro dia de estadia. Nada mal, mas não era o propósito.

Quarto privado
Quarto privado

Outra coisa: imaginamos que o ambiente seria muito mais agradável, mais pessoas, movimento. Enfim, mais um engano. O hostel estava vazio e bem monótono.

Área comum
Área comum

A essa altura do campeonato, estávamos bem cansados das mais de 30 horas de viagem e só queríamos tomar um banho, comer alguma coisa e tomar uma boa cerveja gelada.

De banho tomado, descemos para a área comum do hostel e pedimos uma cerveja. Nesse Che Lagarto, vendem apenas uma cerveja chamada Isenbeck (foto abaixo). Não é das melhores, mas também não é ruim. A única coisa que nos surpreendeu um pouco foi o preço: AR$ 50,00 cada uma, algo como R$ 14,00.

IMG_3278

Algum tempo depois, descobrimos que comprar cerveja nos mercados é muito mais barato. Uma Quilmes de 1 litro, sai por cerca de AR$ 25,00, ou R$ 7,00.

Onde trocar dinheiro em Buenos Aires

Muita gente diz que é complicado conseguir um bom câmbio no Brasil e realmente é. Fizemos isso com bem pouco dinheiro para não chegar aqui sem nada.

Aqui na Argentina, trocamos com um brasileiro que conhecemos em nossas pesquisas chamado Lauro. Naquele dia, a cotação dele estava muito melhor do que a cotação oficial. R$ 1,00 = AR$ 3,50. Se for para Buenos Aires, fale com ele pelo Whatsapp > +5491122907455

Trocamos uma parte com ele e ficamos com alguns R$ no bolso para tentar um câmbio melhor.

Embora as pessoas não indiquem, trocamos o restante do nossos reais na Calle Florida. Uma rua bem famosa e bem extensa onde você encontra tudo, inclusive centenas de pessoas te abordando para trocar moeda.

Mesmo não sendo dos mais seguros, fizemos. Negociamos com um dos ambulantes e conseguimos trocar o restante do dinheiro na cotação de R$ 1,00 para AR$ 3,60.

Onde comer em Buenos Aires

No primeiro dia fomos jantar em um lugar bem conhecido dos turistas por aqui, o restaurante Siga la Vaca que fica em Puerto Madero. Nele você come um bom churrasco com buffet livre de saladas, batatas e uma grande variedade de carnes, linguiças, frango e algumas coisas típicas daqui, incluso está 1 litro de refrigerante, cerveja ou vinho, água a vontade e a sobremesa. O custo por pessoa é de AR$ 350,00, algo como R$ 100,00.

Depois de jantar, você ainda pode caminhar por Puerto Madero, além de ser um local muito bonito, é bem seguro e bem movimentado.

Claro que isso não dá para gastar tudo isso nas refeições do dia a dia, então buscamos alternativas mais em conta para nossa alimentação.

Siga la Vaca Puerto Madero
Siga la Vaca Puerto Madero

Pesquisando, descobrimos o El San Juanino, um restaurante bem aconchegante e tradicional no charmoso bairro da Recoleta. Ali você encontrará empanadas deliciosas de vários sabores e por um preço bem atrativo. Cada uma delas por apenas AR$ 20,00. Comemos algumas, tomamos uma Quilmes bem gelada e a conta não foi muito mais que AR$ 200,00. Independente do lugar que você esteja hospedado em Buenos Aires, o acesso à Recoleta é tranquilo. Se for de táxi, peça ao motorista para te deixar no cruzamento da Posadas com a Callao. O El San Juanino é bem ali.

El San Juanino
El San Juanino

Mas nem só de empanadas poderíamos viver, né?

Ao lado do hostel, na Rua Venezuela havia um restaurante chamado Lo d’ Luis, bem pequeno se analisado da fachada, mas entrando nele, era um lugar bem bonito!

Lá, a comida era relativamente barata e a cerveja então, mais ainda (se tratando de restaurantes, claro). Um litro de Quilmes por AR$ 55,00.

Comemos muito bem, dois pratos generosos, um de frango e outro de costela com 1 litro de cerveja por menos de AR$ 200,00

Lo d´ Luis
Lo d’Luis

O que fazer em Buenos Aires

Tivemos muito pouco tempo na cidade, então não fizemos tudo que gostaríamos.

No pouco tempo que passamos, fomos conhecer a Calle Florida, onde já aproveitamos para trocar dinheiro, andamos rapidamente pela Galerías Pacífico, um dos centros comerciais mais bonitos de Buenos Aires, fomos a Plaza de Mayo até a frente da Casa Rosada, onde no dia estava acontecendo um protesto, andamos pela Recoleta antes de comer as empanadas no El San Juanino e para finalizar, no domingo, nosso último dia em Buenos Aires, fomos a Feria de San Telmo, um lugar bem cheio, mas com muitas barracas de artesanato, artistas de rua, comidas e etc. Um ótimo lugar para comprar lembrancinhas para os parentes ou até mesmo para você.

Aqui embaixo tem fotos de todos esses lugares:

Calle Florida
Calle Florida
Galerías Pacífico
Galerías Pacífico
Casa Rosada
Casa Rosada
Bar que encontramos na Recoleta
Bar que encontramos na Recoleta
Feria de San Telmo, pra variar, com cerveja ;)
Feria de San Telmo, pra variar, com cerveja ;)

Depois da Feria, voltamos para o hostel, pegamos um táxi e partimos para a rodoviária novamente. O destino foi Córdoba.

Nos outros posts falaremos como está sendo nossa experiência por aqui 😉

  • Richard Santos

    Viagem maravillhosa,um dia espero ter alguem para se aventurar comigo.
    Uma pergunta,que camera é essa as fotos ficaram maravilhosas!

    • http://www.camisasdaora.com/blog Thiago Viana

      Richard, tudo bem!?

      Poxa, espero que encontre uma pessoa pra embarcar nessa contigo. Vale muito a pena!

      Todas as nossas fotos foram feitas apenas com o iPhone.

      Depois usamos um app para celular chamado SnapSeed para edição simples mesmo.

      Boa sorte!

  • Barbara Giovana

    Amei a aventura de vocês !!! *-*
    Mas sobre os preparativos da viagem, vocês tiveram que fazer o passaporte?

    • Bruno Silvã Machado

      Barbara, devido aos acordos, não precisa de Passaporte para a maioria dos países da AL. Salvo engano, precisa de visto para Guiana Francesa e Inglesa por se tratar de territórios ultramarinos da França e Inglaterra, respectivamente. Nos demais, basta o RG (desde que recente, o indicado é que seja renovado a cada dez anos).

  • Bruno Silvã Machado

    Adorei as dicas!! Se tudo der certo nas férias em agosto 2020, irei e volto aqui pra compartilhar a experiência!

    • http://www.camisasdaora.com/blog Thiago Viana

      Opa, Bruno! Maravilha! Compartilha sim. Tomara que dê tudo certo e se precisar de qualquer coisa, é só falar.

  • Jurandir Fontenelle

    Amei as dicas ,estou me organizando pra ir no início de agosto.

    • http://www.camisasdaora.com/blog Thiago Viana

      Faça isso, Jurandir!
      A experiência vale muito a pena!
      Depois volta aqui pra dizer como foi 😉